sexta-feira, 24 de junho de 2011

Avisos. ATENÇÃO!

Dia 05 - Consagração de Liderança 8Hs
Dia 05 - Santa Ceia do Senhor (Culto manhã e à noite)
Dia 17 e 18 - TADEL -  Treinamento avançado de líderes
Dia 23 - Encontro da familia Metodista. Local: Izabela Hendriz câmpus Praça da Liberdade. Estaremos com nossa barraquinha de doces.
Dia 02 de Julho - Tarde das mulheres - 14Hs, convide, venha e participe.

Aniversariantes do Mês

PARABÉNS ANIVERSARIANTES...

DIA 04: Pollyana Araújo Pinto
DIA 15: Elcy Batista S. de Oliveira
DIA 18: Vilma Maria de Araújo
DIA 18: FernandoAlves Pereira

*Caso seu nome não esteja na lista de aniversariantes por favor proucure a secretaria para atualização.

Doutrinas


Doutrinas (Ensinos)

A Bíblia: Aceitamos as Sagradas Escrituras, os livros do Antigo e do Novo Testamento, como Palavra inspirada por Deus e necessária à salvação.

Deus: É o fundamento e o Senhor deste Universo. Na Trindade, age sob três formas: Deus Pai, criador e soberano sustentador do Universo; Deus Filho, que se esvaziou para assumir a forma humana e nos conduzir ao Pai e Deus Espírito Santo, nosso consolador que testifica com o nosso espírito que somos Filhos de Deus e nos inspira para a missão.

A criação humana e o pecado original: O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. Contudo, usando a liberdade dada por Deus, o homem escolheu desobedecê-lo. Este pecado quebrou a comunhão humana com o Criador, trazendo desarmonia para toda a criação e a sociedade. Mas Deus tomou a iniciativa de nos reabilitar. Assim, por meio de Jesus Cristo, podemos restabelecer nossa comunhão com Deus.
Graça preveniente (ou preventiva): A graça é a disposição benevolente de Deus para com o ser humano, sua misericórdia a favor do ser humano, abrindo a possibilidade para a salvação. Quando dizemos "somos salvos pela graça de Deus", significa que somos salvos pela misericórdia de Deus posta em ação a nosso favor. Wesley acreditava que a graça salvadora (ou preveniente, como ele a chamava) estava em atuação no coração de todos os seres humanos, ao lado de sua consciência. É a própria presença de Deus em ação, por sua misericórdia, procurando levar o ser humano ao arrependimento.
Livre arbítrio: A graça de Deus não é imposta, o ser humano pode aceitá-la ou rejeitá-la. Quando, então, demonstramos esta boa vontade, a graça passa a operar em nós dando-nos então a possibilidade de praticar as boas obras que de outra forma nos seriam impossíveis. Por isso, os metodistas não aceitam a teoria da predestinação (doutrina segundo a qual algumas pessoas estariam predestinadas à salvação). Os metodistas acreditam que a salvação, pela graça de Deus, está aberta a todas as pessoas.
Arrependimento: O arrependimento surge do auto-conhecimento e leva a uma transformação real. Consiste no abandono do pecado e no voltar-se para Deus e seu serviço. Portanto, não se trata de mero remorso, mas de uma mudança de atitude.  O arrependimento é o primeiro movimento para a salvação (Mt 4:17). Deus está nos convidando ao arrependimento e torna possível uma resposta positiva através de sua Graça. Um cadáver nada pode responder, mas o pecador e pecadora até o último instante tem a oportunidade de fazer o primeiro movimento.
Justificação: Justificação é o perdão de pecados. Cristo tomou sobre si as nossas culpas. Sofreu, imerecidamente, em nosso lugar. Assim, estamos reconciliados com Deus mediante o sangue de Cristo. Sob uma única condição o ser humano pecador é justificado: pela fé em Jesus Cristo.  O arrependimento, que antecede a fé, é um profundo sentimento da ausência do bem e a consciência da presença do mal. Só a fé traz o bem. Primeiro a árvore se torna boa; depois os frutos se fazem bons.
Santificação: para Wesley, a santificação ou “perfeição cristã” não é um estado do ser humano (pois não há perfeição na terra), mas um processo de constante crescimento.  O ser humano tem sempre necessidade de crescer em graça e avançar diariamente no conhecimento e no amor de Deus". (Sermões de Wesley, vol. 2, pg 286). Esse crescimento só é possível por meio do Espírito Santo que age em nós, conduzindo um processo que se inicia com a fé em Jesus Cristo, o perdão dos pecados e a regeneração de nossa vida. O Espírito Santo santifica nossa vontade de tal maneira que passamos a escolher o bem e dizer não ao mal e ao pecado. O resultado desse processo de santificação se traduz em obras que buscam implantar a santidade na terra, unindo o cristão aos seus irmãos e irmãs.
Evangelho social Espalhar a santidade bíblica por toda terra era um dos lemas de John Wesley. Assim, a doutrina da santificação wesleyana inclui dois movimentos que devem estar integrados: os atos de piedade e os atos de misericórdia. Atos de piedade são os atos que levam ao crescimento espiritual (a leitura bíblica, oração, jejum etc). Atos de misericórdia são os atos em favor do próximo, as ações em favor da promoção da vida e da justiça social. Para Wesley, não há santidade sem a conjugação adequada desses dois aspectos. Segundo ele, a santificação se concretiza na interação humana. Enquanto a justificação pressupõe um ato de fé pessoal, a santificação pressupõe a existência do outro, do próximo, tanto no nível comunitário eclesiástico como na esfera pública. Na tradição wesleyana, ninguém se santifica sozinho, pois a santificação é sócio-comunitária. No entendimento de Wesley “não há santidade que não seja santidade social (...) reduzir o Cristianismo tão somente a uma expressão solitária é destruí-lo”.
Os sacramentos. São dois:
O Batismo: Praticamos o batismo por aspersão, embora aceitemos o batismo por imersão ou derramamento. Aceitamos o batismo infantil. O batismo é o sacramento de incorporação da pessoa à comunidade de fé.
A Ceia do Senhor É uma celebração do amor redentor de Deus e de sua graça capacitadora. Significa comunhão com Deus e a comunidade de fé e compromisso renovado com a missão. Os metodistas entendem que a ceia do Senhor não foi instituída pela Igreja, mas por Jesus Cristo e, por isso, abrem a sua participação a todas as pessoas, de qualquer idade, que se sintam em comunhão com Deus.

A Cruz e a Chama

Cruz e Chama: 40 anos de identidade

Em 2008 temos duas datas importantes a ser lembradas: os 270 anos da experiência de John Wesley na rua Aldersgate e os 40 anos da fusão de duas igrejas: a Metodista e a Evangélica dos Irmãos Unidos, formando a Igreja Metodista Unida. Como resultado dessa união, criou-se em 1968 o símbolo da Cruz e Chama que identifica a Igreja Metodista no mundo todo. Antes de ser criada a marca oficial, uma equipe designada pelo concílio da nova igreja decidiu que qualquer símbolo que fosse criado deveria trazer alguma expressão do calor que John Wesley sentiu no coração no dia 24 de maio de 1738. O resultado foi bastante feliz: simples, mas de rico significado, o símbolo metodista traz a cruz vazia (representação do Cristo ressurreto) e a dupla-chama, que representa tanto a junção das duas denominações americanas, quanto a experiência do coração aquecidoA história deste símbolo é bastante significativa para o povo chamado metodista. Sua criação começou nos Estados Unidos, em 1968, quando duas Igrejas (a Metodista e a Evangélica dos Irmãos Unidos) se fundiram, formando a Igreja Metodista Unida.
Cruz e Chama: Este símbolo foi criado nos Estados Unidos em 1968, ano do nascimento da Igreja Metodista Unida. Nesse ano, um Concílio da nova Igreja (a Metodista Unida) nomeou uma equipe liderada por Edward J. Mikula para criar uma marca "oficial" para a nova denominação que surgiu a partir da fusão. Na equipe de Mikula, trabalhava Edwin H. Maynard, que pesquisou os aspectos simbólicos da marca "oficial". Tanto Mikula quanto Maynard decidiram que qualquer símbolo que fosse criado deveria carregar alguma expressão de calor como aquela que John Wesley sentiu em seu coração, na Rua Aldersgate, na Inglaterra, quando da sua experiência religiosa, em 24 de maio de 1738. Por isso é que a equipe liderada por Mikula assumiu o emblema que contém a cruz vazia, lembrando o Cristo ressurreto, e a chama, lembrando aquele calor estranho no coração de Wesley, naquela noite de primavera, na Inglaterra do século 18. Além disso, o simbolismo do emblema nos relaciona com Deus, o Pai, através da segunda e terceira pessoas da Trindade: o Cristo (cruz) e o Espírito Santo (chama).
A marca foi registrada em 1971 no Departamento de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. No Brasil, está registrada no INPI – Instituto Nacional de Marcas e Patentes. Portanto, esta é uma marca que pertence unicamente à Igreja Metodista. Qualquer pessoa ou entidade que desejar utilizar este emblema em camisas, bótons e outros objetos deverá solicitar autorização à Sede Nacional da Igreja Metodista.
O pastor Silas alerta que é proibido o uso comercial do símbolo sem autorização. “A  Igreja Metodista, proprietária da Marca, pode propor medidas administrativas e judiciais para a cessação do uso e requerer judicialmente indenização respectiva e pedir o pagamento por todas as despesas com o processo”.A utilização do emblema requer, também, a observância de algumas regras. Sua reprodução deve ser fiel à criação original, respeitando-se as cores e as dimensões. Veja explicações abaixo ou entre em contato pelo telefone (11) 6813-8600.
Cuidados com a marca
Para evitar o uso indiscriminado ou alterado da marca Metodista, visando manter a integridade do mesmo, estabeleceu critérios para sua utilização.
Toda e qualquer reprodução do emblema deve ser fiel ao desenho original. Para isso, a Igreja Metodista, também aqui no Brasil, normatiza o uso do nosso significativo emblema, com os seguintes destaques:
•  A base da chama deve ser mais baixa que a da cruz;
•  O topo da chama deve ser mais alto que o da cruz;
•  As pontas superiores e a base da chama devem estar na vertical, como no desenho apresentado;
•  As extremidades do mastro e dos braços da cruz devem ser chanfradas à esquerda, num ângulo de 45º;
•  As cores oficiais são o preto (chapado) para a cruz e o vermelho (Pantone 185 CVC) para a chama.
Observando estes critérios, é permitido fazer o uso oficial do emblema para identificar igrejas locais, atividades, programas, publicações, materiais e documentos da Igreja Metodista. Qualquer uso comercial, bem como alteração de cor ou estilização da marca, somente poderá ser feito mediante autorização explícita, por escrito, pela Sede Nacional da Igreja Metodista.
Outras marcas: Também estão registrados em Cartório e no INPI o Expositor Cristão, Em Marcha, Cruz de Malta, Flâmula Juvenil, Bem-Te-Vi, Voz Missionária, Imprensa Metodista, Igreja Metodista, Cruz e Chama, Projeto Sombra e Água Fresca, Shade and Fresh Water Project, No Cenáculo, Disk Oração, Aventureiros em Missão.
Direitos autorais de hinos e cânticos: Os hinos do Hinário Evangélico são propriedade da Igreja Metodista; a extinta Confederação Evangélica, a quem pertenciam os direitos de uso, concedeu-os à Igreja. Assim, para gravar hinos do hinário, é necessário fazer um pedido, por carta ou e-mail, à Sede Nacional. Caso alguém queira gravar cânticos, é necesssário, primeiro, conferir se eles estão na relação dos CDs já gravados pela Igreja Metodista (como os CDs gravados pela Departamento Nacional de Trabalho com Crianças, apenas para citar exemplo mais recente). Neste caso, a Igreja é detentora dos direitos autorais concedidos por seus autores (música e letra) e pode repassar os direitos de uso para terceiros, desde que haja contato prévio para saber a real finalidade.

John Wesley

O Organizador do Metodismo
Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e, por isso tanto, ele como a família, sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709, deitaram fogo à reitoria. Uma das mais conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o teto ruir. O grito de Susanna "não é este um tição retirado do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus tinha uma missão especial para ele.
John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralizante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral, que vivia em Epworth, numa região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.
Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem. Como reação a isso formou. junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana. Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres, aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".
Embora cumprisse fielmente a disciplina do "clube", John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:
"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma meneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".
Para John Wesley, clérico da Igreja Anglicana, esse novo sentir não era como a conversão de um infiel a Cristo. Era um aprofundar na compreensão do que significa ser cristão. O movimento metodista, por muitas décadas não se organizou em igreja. Na Inglaterra o movimento organizou-se em igreja somente pouco depois da morte de John Wesley em 22 de março de 1791. Sendo assim, o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca ter pertencido à Igreja Metodista.

O que é o Metodismo


O METODISMO NO BRASIL
Junius Estaham Newman, pastor metodista e Superintendente Distrital, foi o pioneiro da obra metodista permanente no Brasil. "J. E. Newman, recomendado para a Junta de Missões para trabalhar na América Central ou Brasil": essa foi a nomeação que ele recebeu em 1866, na Conferência Anual. Após ter servido durante a Guerra Civil Americana, como capelão às tropas do Sul, observou que muitos metodistas do Sul emigraram para as Américas do Sul e Central e acompanhou-os.
A Guerra deixou endividada a Junta, sem possibilidade de enviar obreiros para qualquer local. Newman financiou sua própria vinda ao Brasil, com suas modestas economias. Chegou ao Rio de Janeiro em agosto de 1867, mas fixou residência em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara do Oeste, província de São Paulo. Desde 1869, pregou aos colonos, mas, dois anos mais tarde, no terceiro domingo de agosto, organizou o "Circuito de Santa Bárbara".
O primeiro salão de culto – antes era uma venda – foi uma pequena casa, coberta de sapé e de chão batido. Newman trabalhava com os colonos norte-americanos e pregava em inglês. Um dos motivos da demora de Newman em organizar uma paróquia metodista, é que ele pregava, principalmente para metodistas, batistas, presbiterianos e a todos que desejassem ouvir sua mensagem, pensando ser mais sábio unir os "ouvintes" em uma única igreja, sem placa denominacional. Mas depois, todas as denominações organizaram-se em igrejas, de acordo com sua origem eclesiástica nos EUA. Newman insistiu, através de suas cartas, para que os metodistas norte-americanos abrissem uma missão em nosso país. Em 1876, a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal Sul, despertada através da publicação das cartas nos jornais metodistas nos EUA, enviou seu primeiro obreiro oficial: John James Ranson. Dedicou-se ao aprendizado do português para proclamar a boa-nova aos brasileiros.
J. E. Newman e sua família mudaram-se para Piracicaba, SP, onde permaneceram entre 1879 e 1880, quando as filhas de Newman, Annie e Mary, organizaram um internato e externato. O "Colégio Newman" é considerado precursor do Colégio Piracicabano, hoje Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

Os dez primeiros anos de trabalho com os brasileiros
O período entre 1876 e 1886 é geralmente denominado de "Missão Ransom", visto que ele organizou toda a estrutura. Ele não teve pressa para estabelecer o campo de trabalho: descartou Piracicaba, fez um reconhecimento do Rio Grande do Sul, mas escolheu o Rio de Janeiro como centro estratégico para propagar o metodismo. J. J. Ransom iniciou sua pregação mais tarde, a fim de dominar o português. Em janeiro de 1878, iniciou sua pregação em inglês e português, no Rio de Janeiro. Os primeiros brasileiros foram recebidos à comunhão da Igreja em março de 1879, sem serem rebatizados. No mês de julho seguinte, quatro pessoas da família Pacheco foram recebidas.
Ransom casou-se com Annie Newman, no Natal de 1879, que veio a falecer em meados do ano seguinte. Ele regressou aos Estados Unidos em busca de mais pessoas dispostas a contribuir na tarefa missionária no Brasil. Voltou, dois anos depois, com James L. Kennedy, Marta Watts e o casal Koger. Todos contribuíram na expansão geográfica da missão e também para a educação.
A educadora Marta Watts veio como missionária com a tarefa de educar crianças e moças brasileiras. O Colégio Piracicabano, primeiro educandário metodista no Brasil, foi fundado em 13 de setembro de 1881, com a matrícula de apenas uma aluna, Maria Escobar. Fatores como a capacidade e dedicação da diretora e o novo método do Colégio chamaram novas alunas, a partir do ano seguinte. O educandário foi a semente para a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), criada em 1975. Frances S. Koger, ou simplesmente Fannie, fundou uma escola para crianças pobres em Piracicaba, demonstrando assim, o interesse pela educação de crianças pobres, um fato que não é tão conhecido. Além dos missionários fundadores das principais igrejas: Ransom, Rio de Janeiro, 1879; Koger, Piracicaba, 1881 e São Paulo, 1884; e Kennedy, Juiz de Fora, 1884 – destacam-se, por exemplo, três obreiros leigos que precederam Kennedy na preparação do trabalho em Juiz de Fora e outros primeiros obreiros leigos.
Bernardo de Miranda, Ludgero de Miranda, Felipe Relave de Carvalho e Justiniano de Carvalho receberam nomeação episcopal em 1886. Na Conferência Anual de 1887, com exceção de Ludgero, todos foram admitidos à Conferência, em caráter de experiência. Mas na Conferência Anual de 1890, o bispo J. C. Granbery admitiu os quatro obreiros, ordenando-os diáconos. Algum tempo depois, leigas foram chamadas de "Mulheres da Bíblia", ocupando-se com visitações e leitura da Bíblia com outras mulheres. Em 1° de janeiro de 1886, foi publicada a primeira edição do Metodista Católico, atual Expositor Cristão.

Conferência Anual
Em setembro de 1886, foi realizada a Conferência Anual (que hoje equivale a um Concílio), na capela da Igreja Metodista no Catete, em 16 de setembro de 1886, abrangendo duas coisas diferentes: área geográfica e assembléia metodista anual. O território metodista no Brasil possuía quatro centros principais:
Catete (Rio de Janeiro) – com duas congregações: estrangeira (com pregação em inglês) e brasileira, totalizando 63 membros. Um novo templo foi inaugurado em 5 de setembro de 1886, às vésperas da Conferência Anual.
São Paulo – tinha apenas 13 membros arrolados, mas sem propriedades.
Juiz de Fora e Piracicaba – possuíam templos modestos, com 31 e 70 membros, respectivamente. Nos quatro centros principais e em outros menores contavam-se 214 membros arrolados e seis pregadores locais.
A Conferência Anual formulava a estratégia da região; os itinerantes (pregadores), que eram avaliados com relação ao seu trabalho e seu caráter e recebiam nomeação do Bispo. Um motivo primordial tornava essencial a organização de uma Conferência Anual: reconhecer, com urgência, o metodismo brasileiro como pessoa jurídica, uma ênfase da 2ª Conferência Anual Missionária, em julho de 1886. O governo imperial não reconheceu a Junta de Missões como pessoa jurídica. Somente na República que a Conferência Anual foi reconhecida como pessoa jurídica, para o desapontamento da liderança da Igreja daquela época.
A necessidade de organizar uma Conferência foi reconhecida pela Conferência Geral da Igreja Metodista Episcopal Sul, que deu autorização para o primeiro Bispo visitar a Missão, para constituir a Conferência. Em virtude dos poucos membros com que a Conferência contaria, o bispo Granbery quase desistiu de realizá-la. Os obreiros nacionais ainda não eram itinerantes; Newman foi rebaixado para pregador local na Conferência dos EUA; Koger havia morrido, em janeiro de 1886 e Ransom foi "devolvido" em agosto daquele ano.
Apenas o chamado "Trio de Ouro" participou do evento: Kennedy (evangelista, construtor de igrejas e o historiador do metodismo brasileiro, com o livro "Cincoenta Annos de Methodismo no Brasil"); Tarboux (pregador e pastor das principais Igrejas Metodistas e primeiro bispo da Igreja Metodista do Brasil, eleito em 1930) e Tucker (agente da Sociedade Bíblica Americana e fundador do Instituto Central do Povo). O Bispo convocou os três membros para a organização da Conferência Anual, muito simples e breve, mas um dos momentos decisivos do metodismo brasileiro.

O crescimento da Igreja no Brasil

No Sul e Sudeste: A Igreja Metodista foi crescendo no Rio Grande do Sul, em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
No Norte e Nordeste: No Norte do Brasil, o Rev. Justus Henry Nelson trabalhou por muitos anos fundando igrejas no Amazonas e no Pará. No nosso hinário evangélico, temos muitos hinos do Rev. Justus H. Nelson (veja os hinos 82, 121, 130, 265, 286, 295, 388, 453, 457). Também o Rev. Willian Taylor trabalhou no Nordeste, fundando igrejas no Pará, Maranhão e Bahia. Uma coisa muito triste foi a falta de apoio das juntas de missões para o trabalho metodista no Norte e Nordeste do Brasil. Os missionários do Sul e Sudeste do Brasil também não se interessavam pelo trabalho missionário por causa da distância desta região de São Paulo e Rio de Janeiro. O Rev. Justus H. Nelson morreu em Belém do Pará, onde está sepultado. O Metodismo cresceu bastante no Sudeste do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo), que até hoje são as maiores regiões da Igreja Metodista no Brasil. Durante o período em que esteve no Brasil, o Rev. John James Ransom fundou um jornal chamado "O Metodista Católico" (1886) que no ano seguinte mudou de nome, passando a se chamar "Expositor Cristão". Este nome existe até hoje, é o nosso jornal Metodista.
fonte: Momentos Decisivos do Metodismo,
Prof. Duncan Alexander Reily - Imprensa Metodista